Causou estranhamento o anúncio da contratação de um hipnólogo pela Portuguesa, na última segunda-feira, para ajudar o time a escapar da queda para a Série C do Campeonato Brasileiro. Segundo quem já passou por esse tipo de terapia, porém, a hipnose funciona, sim, e traz resultados no futebol.
“Eu tive minha primeira experiência com isso no XV de Piracicaba, em 2012. A gente estava mal, capengando na Copa Paulista. Aí veio um hipnólogo e deu palestras, conversou com a gente, fez as coisas dele, e começamos a jogar bem. Terminamos na liderança do grupo, no fim das contas. Fomos até as quartas de final. A hipnose ajudou bastante, sim”, contou o meia Jocinei, ex-Corinthians, hoje na Lusa, em entrevista àRádio ESPN e ao ESPN.com.br.
O profissional contratado pelo time rubro-verde é o ex-goleiro Olimar Tesser. Ele já trabalhou com hipnotismo em equipes como Paulista, Juventus, Guarani, Ponte Preta, Marília, Náutico e Bahia.
Em 2008, ganhou o crédito pela subida do Noroeste na tabela do Paulistão, e também pelo crescimento do meia-atacante Edno – que viria a fazer sucesso na própria Portuguesa.
A missão de Tesser, porém, é muito difícil. A equipe do Canindé está na penúltima colocação da Série B, com 21 pontos, 11 abaixo do primeiro time fora da zona de rebaixamento, o Paraná. A última vitoria de equipe paulistana foi em 26 de agosto, contra o Vila Nova. Desde então, são quatro derrotas e quatro empates.
“Já tivemos uma palestra (com o hipnólogo). Ele trabalhou bastante a mente dos jogadores para a gente buscar a vitória já no próximo jogo. Tentou nos trazer confiança, fazer a gente retomar o pensamento positivo. Ele entrou pra somar aqui, pode nos ajudar muito a assimilar o que quer passar pra gente”, comentou Jocinei, que também revelou outro dado interessante: ao menos outros 15 jogadores da Lusa já foram hipnotizados durante a carreira.
O próximo compromisso da Portuguesa é nesta terça-feira, contra o Vasco, às 21h50 (horário de Brasília), no Canindé. Nas últimas 11 rodadas do torneio, a Lusa precisa ter um verdadeiro aproveitamento de campeão para conseguir escapar de mais um rebaixamento.
“Acredito que podemos escapar. Nesses 11 jogos, a gente tem que fazer no mínimo 24 de 33 pontos. É difícil, mas dá. Não podemos, porém, nem pensar em perder ou empatar em casa. O foco é ganhar do Vasco e retomar a confiança, para depois tentar emendar uma sequência de vitórias começando contra o América-MG”, salientou o meia.