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É uma leitura rápida. Não porque o livro tenha poucas páginas e sim porque ele é muito fácil de ler. A escrita de Mark é fluída, é como uma conversa com o leitor. Ao longo dos capítulos são apresentados argumentos com muitos exemplos da vida do autor. Também traz experiências de pessoas comuns (um amigo, vizinho) ou marcantes (como Buda), contemporâneas (como Bukowski) ou ficcionais (como Luke Skywalker), para citar alguns.
Ligar o foda-se não quer dizer deixar de se importar com tudo e ser uma pessoa ranzinza e sem educação ou respeito pelos outros. A ideia é adotar uma nova forma de pensamento, ter atitudes baseadas nele e aprender a fazer escolhas sensatas. Para isso existem alguns conselhos:
- seja você mesmo
Não adianta tentar ser quem você não é. Ninguém é perfeito! Isso é uma das maiores verdades da vida e quase ninguém leva a sério. Queremos ser melhores talvez por achar que não somos o suficiente. Então, primeiramente, se aceite.
A cultura em que vivemos hoje nutre obsessivamente expectativas pouco realistas. Ser mais feliz. Ser mais saudável. Ser o melhor, superior aos outros. Ser mais inteligente, mais rápido, mais rico, mais bonito, mais popular, mais produtivo, mais invejado e mais admirado.
Daí a importância de ligar o foda-se. É isso que vai nos salvar: aceitar que o mundo é uma doideira e que tudo bem, porque sempre foi assim e sempre será.
- foque no que é importante
Temos tanta tanta coisa pra pensar e tantas oportunidades que nem sabemos mais o que realmente importa. Porque agora, ao mesmo tempo que temos infinitos meios de ver e aprender coisas novas, temos também infinitos meios de descobrir que não estamos à altura das expectativas, que não somos bons o suficiente, que nossa situação não é tão satisfatória quanto poderia ser. E isso nos corrói por dentro.
O desejo de ter mais experiências positivas é, em si, uma experiência negativa. E, paradoxalmente, a aceitação da experiência negativa é, em si, uma experiência positiva.
Nem tente!
Não tem como focar em tudo. Não dá pra passar a vida se preocupando com tudo que é “preocupável”. A vida é muito curta pra isso. Com base em seus valores pessoais escolha o que é importante e o que não é.
- pare de se preocupar com banalidades
Longe de ser indiferente ou de anular os sentimentos. É preciso descobrir o que realmente importa e ligar o foda-se pra todo o resto. É lutar pelo que vale a pena e se for preciso encarar todo fracasso de peito aberto. Guardar a preocupação para o que realmente importa. Amigos. Família. Objetivos. Pizza.
A ideia não é fugir das merdas. É descobrir com qual tipo de merda você prefere lidar. Porque existe uma verdade secreta sobre a vida: é impossível ligar o foda-se para ela. Com alguma coisa a gente tem que se importar. Maturidade é o que acontece quando aprendemos a só ligar para o que vale a pena.
Sutileza nº 1: Ligar o foda-se não significa ser invulnerável, mas se sentir confortável com a vulnerabilidade.
Sutileza nº 2: Se quiser ligar o foda-se para as adversidades, primeiro você precisa se importar com algo mais importante que elas.
Sutileza nº 3: Perceba você ou não, estamos sempre escolhendo o que realmente importa.
- não evite os problemas. Resolva!
A felicidade está em resolver problemas (é isso mesmo!). O segredo está em resolver os problemas, e não em não ter problemas. Dor e perda são inevitáveis. As maiores verdades da vida são as mais desagradáveis de se ouvir.
Os problemas podem ser inevitáveis, mas o que cada problema vai significar não é. Controlamos o que nossos problemas significam ao escolhermos como os vemos e o padrão que usamos para medi-los.
Esses momentos em que jogamos tudo para o alto são os mais decisivos na vida. As maiores guinadas na carreira; a decisão espontânea de largar a faculdade e formar uma banda de rock; a iniciativa de finalmente dar um pé na bunda daquele namorado parasita. Ligar o foda-se é encarar os desafios mais assustadores e mais difíceis da vida e agir.
- você não é especial
Conforme envelhecemos começamos a notar que grande parte das frustrações e derrotas não interfere em nada em nossa vida. Nem convivemos mais com aquelas pessoas que tanto tentávamos impressionar. Rejeições dolorosas se mostraram positivas depois. Percebemos que mal reparam em nossos detalhes superficiais, então decidimos não pensar demais neles. Basicamente, nossa disposição emocional se torna mais seletiva.
Você é definido pelas batalhas que está disposto a lutar. Não ache que seus problemas são melhores. Eles com certeza não são inéditos. Pare também de se achar melhor que os outros. Você não é.
Alguns dos melhores momentos da vida não são prazerosos, não são grandiosos, não são reconhecidos e não são positivos. Isso explica por que não devemos pautar nossa existência em valores como prazer, sucesso material, estar sempre certo e otimismo implacável.
- questione-se e mude
Quando nutrimos valores ruins, ou seja, padrões baixos estabelecidos para nós e para os outros, nos importamos com coisas que não merecem atenção e que no fundo tornam nossa vida pior. Quando escolhemos valores melhores, direcionamos nosso foco para o positivo: para aquilo que realmente importa, que nos proporciona bem-estar, felicidade, prazer e sucesso.
Sempre somos responsáveis pelo caminho que tomamos. Assumir a responsabilidade pelos nossos problemas é muito mais importante, porque é daí que vem o verdadeiro aprendizado. É daí que vem o progresso.
- fracasse
Quem quer estar certo em tudo para valorizar a si mesmo não consegue aprender com os próprios erros. Ainda que exista valor em “ver o lado bom das coisas”, a verdade é que às vezes a vida é uma droga mesmo, e a atitude mais saudável é admitir isso.
Negar sentimentos ruins é perpetuar problemas em vez de solucioná-los. É como Freud disse: “Um dia, quando olhar para trás, os anos de luta lhe parecerão os mais bonitos.”
A incerteza é a raiz de todo progresso e de todo crescimento. Como diz um velho ditado, o homem que acha que sabe tudo não aprende nada novo. É impossível aprender algo se não a partir da ignorância. Desse modo, quanto mais admitimos não saber, mais criamos oportunidades de aprender.
Só podemos atingir a excelência em algo se estivermos dispostos a falhar. Fracassar é seguir em frente. Se você se recusa a correr o risco, não está disposto a ser bem-sucedido. As mudanças pessoais mais radicais acontecem depois das piores experiências. Então, respira fundo e se joga!
- diga não
Sem conflito, não pode haver confiança. Ele existe para nos mostrar quem está ao nosso lado incondicionalmente e quem só quer os benefícios. Ninguém confia em alguém que só diz sim.
Ninguém pode resolver os seus problemas para você. E nem deveriam tentar, porque isso não vai fazê-lo feliz. Da mesma forma, você não pode resolver problemas alheios, porque isso não vai ajudar a fazê-los felizes. Um relacionamento não saudável é quando duas pessoas tentam resolver os problemas um do outro para se sentir bem consigo mesmas. Um relacionamento saudável é aquele em que cada um resolve seus problemas para se sentir bem com o outro.
- lembre-se que você vai morrer
A morte é nossa única certeza. Sim, você vai morrer. Pode viver se lamentando, ou decidir que quer viver plenamente. As decisões tomadas são importantes, é preciso escolher o que vale a pena.
Aceite a vida como ela é, mesmo com defeitos. É normal as coisas darem errado de vez em quando. Um pouco de sofrimento é sempre inevitável. Por mais que nos esforcemos, a vida é feita de fracassos, perdas, arrependimentos e até morte.
Mark Twain disse: “O medo da morte vem do medo da vida. Um homem que vive plenamente está preparado para morrer a qualquer momento.”
O medo impulsiona as pessoas a se importarem demais, porque se importar com alguma coisa é a única forma de se distrair da realidade implacável da morte.
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Mark Manson escreveu também uma carta para o Brasil. Acesse aqui: https://markmanson.net/brazil_pt
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